O Ácido Trans, Trans-Mucônico urinário (ATTM) é um dos biomarcadores de exposição adotados pela legislação brasileira para a monitorização da exposição ocupacional ao Benzeno. O Benzeno é o mais simples dos hidrocarbonetos aromáticos, e é obtido a partir da destilação do carvão mineral e do petróleo, apresentando-se como um líquido incolor. O Benzeno pode ser absorvido pelas vias cutânea e pulmonar. As principais fontes de exposição ocupacional ao Benzeno são: indústrias petroquímicas, siderúrgicas, indústrias químicas, laboratórios de análise química e postos de combustível. A fração de Benzeno absorvido e excretado pela urina sob a forma de ATTM é de 2,0 a 3,9%. São fatores que interferem na excreção urinária de ATTM: a co-exposição a outros solventes, como o Tolueno; a dieta, já que o ATTM é formado na biotransformação do aditivo alimentar sorbital, que pode ser utilizado como umectante em alimentos que necessitam conservar a umidade e edulcorante em bolos, pães, balas, chocolates, sucos, geleias, chicletes e outros confeitos dietéticos; e o tabaco, que pode aumentar em até oito vezes a concentração de ATTM na urina em relação à de indivíduos não-fumantes.