O hantavírus é o agente causador da hantavirose, uma doença infecciosa de alta letalidade transmitida por diferentes espécies de roedores que carreiam um sorotipo específico de hantavírus. A transmissão para humanos ocorre mais frequentemente através da inalação de aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados. Outras formas de transmissão são por meio do contato direto da pele ou mucosa com materiais contaminados ou mordedura de roedores infectados. Os testes sorológicos são os principais métodos de diagnóstico de infecção aguda ou remota por hantavírus. Quando os sintomas são evidentes, os pacientes apresentam uniformemente anticorpos antivirais da classe IgM e a maioria possui anticorpos da classe IgG. Anticorpos IgM contra hantavírus podem ser detectados nas fases iniciais da doença e frequentemente com o início dos sintomas, os quais desaparecem geralmente após 2 ou 3 meses. Os anticorpos IgG surgem vários dias depois e persistem ao longo do tempo. A detecção de anticorpos IgG pode ser empregada utilizando-se duas amostras separadas por 4 semanas para verificação de conversão sorológica. A infecção aguda pode ser distinguida da infecção remota pela presença de IgM anti-hantavírus específico na primeira ou um aumento de quatro vezes nos títulos de IgG.